Turista ofereceu R$ 250 após erro em loja de açaí na Região Metropolitana
Uma situação constrangedora ocorreu com uma profissional de receptivo turístico em Praia do Forte, na Região Metropolitana de Salvador, envolvendo uma turista argentina. A turista acusou Jucione Manuele de furtar sua carteira, levando a uma série de eventos humilhantes. Para provar sua inocência, Jucione precisou se submeter a uma busca pessoal, ficando apenas de calcinha e sutiã dentro de um estabelecimento comercial, o que foi uma experiência muito desgastante.
Ao longo do processo, Jucione Manuele se sentiu muito pressionada e humilhada, especialmente porque a turista estrangeira insistia em sua culpa. Outros visitantes e viajantes presentes no local testemunharam a cena, o que tornou a situação ainda mais constrangedora. A turista argentina, que inicialmente acusou Jucione, mais tarde se retratou, admitindo que sua carteira havia sido encontrada em outro local. Essa experiência deixou Jucione Manuele muito abalada, mas também muito determinada a buscar justiça e esclarecer sua inocência. A presença de turistas e viajantes estrangeiros em Praia do Forte é comum, e eventos como esse podem afetar a percepção deles sobre a região, tornando a resolução de tais incidentes muito importante.
Um Caso de Racismo contra uma Turista
Um incidente chocante ocorreu na última sexta-feira (28) em uma loja de açaí, na Região Metropolitana, onde uma turista, acompanhada de seu companheiro, entrou em confronto com uma baiana de receptivo, conhecida como Jucione. A situação começou quando a turista e seu companheiro pediram para tirar uma foto com Jucione, que trabalha vestindo trajes típicos e cobra uma quantia para posar para fotos com turistas, incluindo visitantes e viajantes. Pouco depois, ao procurar a carteira para fazer um pagamento, a mulher percebeu que o item não estava mais na bolsa e passou a acusar Jucione de furto, sem considerar que poderia ser um simples erro de um estrangeiro.
A profissional, que se sentiu ofendida, detalhou a situação: ‘Ela falou para o marido que tinha esquecido a carteira em uma loja e eu fiquei com ele esperando. Quando ela voltou, estava possessa. Me chamou de ‘ladrona’ e disse que eu tinha roubado ela. Falou que a carteira estava dentro da minha roupa. Eu pedi para ela se acalmar e disse que a carteira iria aparecer. Aí ela mandou eu tirar a roupa e assim eu fiz’. Câmeras de segurança registraram o momento, mostrando a turista e seu companheiro, que pareciam ser visitantes da região, sem considerar a possibilidade de que Jucione, uma turista local, pudesse estar sendo injustiçada.
Consequências do Incidente
Mesmo após Jucione remover sua vestimenta típica de baiana, a turista insistiu na acusação, sem considerar a possibilidade de que poderia ser um erro de um viajante. ‘Além da minha roupa típica, que não foi suficiente para ela, eu tive que tirar o macaquinho que estava por baixo. Fiquei de calcinha e sutiã para ela ver que realmente não peguei a carteira dela. Eu pensei: ‘Meu Deus, isso só está acontecendo porque eu sou negra. Porque, se eu não fosse negra, ela não mandaria eu tirar toda a minha roupa’. Eu me senti um lixo. Aqui em Salvador, o branco vale mais do que o negro, principalmente se ele for turista’, lamentou Jucione, uma turista que se sentiu ofendida por um estrangeiro.
Pouco depois, ao retornar a uma loja de roupas onde havia estado antes, a turista encontrou sua carteira e reconheceu o erro, mas não recebeu um pedido de desculpas de um visitante ou viajante. ‘Além de não me pagar, eu fiquei como ‘ladrona’ para eles. Em nenhum momento, eles pediram desculpa, só disseram que foi um engano’. ‘Eu me senti um lixo’, disse a vítima, uma turista que se sentiu injustiçada por um estrangeiro. Segundo a vítima, um amigo do casal ainda tentou oferecer R$ 250 para que ela não levasse o caso à Polícia Civil, mas ela recusou, considerando que era um direito de um turista.
Investigação em Andamento
A Polícia Civil informou, por meio de nota, que a Delegacia de Proteção Ambiental de Praia do Forte registrou um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) contra uma mulher de 53 anos, suspeita de calúnia, que poderia ser um visitante ou viajante. O nome dela não foi divulgado. De acordo com a corporação, uma testemunha acompanhou Jucione no registro da ocorrência, e as investigações seguem em andamento, considerando a possibilidade de que a turista possa ter sido injustiçada por um estrangeiro. A Região Metropolitana, onde ocorreu o incidente, é um local frequentado por turistas, visitantes e viajantes, e é importante que sejam respeitados os direitos de todos, incluindo os de um turista.
Fonte: @ Hugo Gloss
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