Alguns alimentos in natura podem fazer parte de um estilo de vida saudável, mas o processamento de alimentos pode ter resultados adversos, segundo estudos recentes.
A classificação de alimentos em categorias como in natura, processados e ultraprocessados pode ser um bom ponto de partida para quem busca um padrão alimentar mais saudável. No entanto, é importante notar que muitos estudos tendem a agrupar todos os ultraprocessados em uma mesma categoria, sem considerar as diferenças entre eles.
Além disso, é fundamental entender que os alimentos processados e industrializados, como os produtos alimentícios embalados e prontos para consumo, podem ter impactos negativos na saúde se consumidos em excesso. Por outro lado, os alimentos in natura e minimamente processados tendem a ser mais saudáveis e devem ser priorizados em uma dieta equilibrada. É importante ler os rótulos e escolher opções mais saudáveis. A escolha certa pode fazer toda a diferença na nossa saúde.
Entendendo os Alimentos Ultraprocessados
Embora os alimentos ultraprocessados sejam frequentemente associados a resultados adversos à saúde, é importante não demonizar todos eles. Um estudo recente publicado no European Journal of Clinical Nutrition sugere que a qualidade dos ingredientes também é fundamental nessa equação. Em outras palavras, o ultraprocessamento por si só não é o único responsável pelos problemas de saúde.
Os alimentos ultraprocessados têm diferenças significativas entre si. Existem aqueles ricos em aditivos e pobres em nutrientes, mas também há os que possuem conservantes e podem fazer parte de um padrão alimentar saudável. A médica nutróloga Marcella Garcez, diretora e professora da Associação Brasileira de Nutrologia (Abran), explica que é importante separar o joio do trigo e ler o rótulo para identificar os ingredientes utilizados.
Vários estudos recentes encontraram associações entre o consumo de alimentos ultraprocessados e resultados adversos à saúde, incluindo riscos aumentados de obesidade, sobrepeso, doenças cardíacas, diabetes tipo 2 e câncer. No entanto, é importante notar que esses estudos são principalmente observacionais e não podem inferir causalidade. Além disso, fatores de confusão podem desempenhar um papel importante.
Limitações dos Estudos sobre Alimentos Ultraprocessados
De acordo com o estudo, os resultados de trabalhos científicos que mostram correlações entre o consumo de alimentos ultraprocessados e a saúde precária têm sido frequentemente interpretados de forma causal. No entanto, os estudos são principalmente observacionais e não podem inferir causalidade. Além disso, os pesquisadores também devem assumir que as medições da ingestão de alimentos são precisas e exatas, que a composição dos alimentos é conhecida e pode ser caracterizada quantitativamente e que os resultados não são afetados pelo armazenamento, cozimento e preparação dos alimentos.
Um passo na direção certa, segundo a médica Marcella Garcez, é um estudo recente que focou na contribuição dos emulsificantes, descobrindo que alguns deles (mas não todos) estavam ligados à probabilidade de desenvolver alguns tipos de câncer e ao risco geral de câncer. No entanto, os pesquisadores alertam que estender essas descobertas a todos os emulsificantes é incorreto, pois muitos não estavam associados ao risco de câncer.
A Importância de Separar os Alimentos Ultraprocessados
Um problema grande, segundo a médica, é que os estudos podem combinar todos os alimentos ultraprocessados em uma mesma categoria, o que não é correto. É importante separar os alimentos ultraprocessados em subgrupos e avaliar a qualidade dos ingredientes utilizados. Além disso, é fundamental ler o rótulo e identificar os ingredientes utilizados para tomar decisões informadas sobre a alimentação.
Em resumo, embora os alimentos ultraprocessados sejam frequentemente associados a resultados adversos à saúde, é importante não demonizar todos eles. É fundamental separar os alimentos ultraprocessados em subgrupos e avaliar a qualidade dos ingredientes utilizados. Além disso, é importante ler o rótulo e identificar os ingredientes utilizados para tomar decisões informadas sobre a alimentação.
Fonte: @ Terra
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