Fábio Gusmão acompanhou tráfico em Copacabana, inspirou filme, Comando Vermelho
O caso de Vitória, cujo nome verdadeiro era Joana Zeferino da Paz, é um exemplo notável de como o tráfico pode afetar a vida das pessoas. Ela usou uma identificação falsa para se proteger após ter filmado o tráfico ao lado do seu apartamento, em Copacabana, no Rio de Janeiro, durante dois anos. Isso mostra como o tráfico pode ser uma ameaça constante para aqueles que o combatem.
Joana Zeferino da Paz, quando era identificada como Vitória, no apartamento em Copacabana, estava envolvida em uma luta contra o crime organizado, que inclui o narcotráfico e o contrabando. O tráfico é um problema grave que afeta muitas cidades, incluindo o Rio de Janeiro, e é importante que as autoridades tomem medidas para combatê-lo. É fundamental que haja uma abordagem integrada para combater o tráfico, incluindo ações de prevenção, repressão e reabilitação. Além disso, é essencial que a sociedade como um todo esteja envolvida na luta contra o tráfico, denunciando qualquer atividade suspeita e apoiando as autoridades na sua missão de combater o crime.
Tráfico: Um Flagelo Constante
A história de Joana Zeferino da Paz, uma corajosa moradora de Copacabana, é um exemplo notável de como o tráfico pode afetar a vida das pessoas. Em 2003, ela resolveu comprar uma câmera comprada em 12 prestações e filmar a movimentação criminosa na Ladeira dos Tabajaras, uma área turística do Rio de Janeiro. O jornalista Fábio Gusmão soube da história e aproximou-se da idosa, que insistia em aparecer com o nome real na imprensa. Para protegê-la, o jornal Extra decidiu usar um codinome, Vitória, com o qual foi identificada em reportagens publicadas em 2005. As 22 fitas gravadas durante dois anos pela corajosa moradora levaram à expedição de 30 mandados de prisão e à detenção imediata de 13 bandidos e dois policiais militares, envolvidos no crime e no narcotráfico. Vitória ingressou no Programa de Proteção à Testemunha e passou 17 anos sem poder revelar o verdadeiro nome.
Consequências do Tráfico
A identidade real de Joana Zeferino da Paz só veio à tona quando ela morreu, em 2023, em Salvador, aos 97 anos. Além das reportagens, o jornalista Fábio Gusmão escreveu um livro, que inspirou o filme Vitória, com Fernanda Montenegro. Nesta entrevista exclusiva, o repórter conta detalhes da relação com a fonte, revela o que foi feito do apartamento, o resultado do processo da moradora contra o Estado e diz que, hoje em dia, a corajosa Joana Zeferino da Paz ‘estaria indignada, cobrando das autoridades’ sobre o tráfico de drogas e o contrabando que ainda ocorrem na área. A presença de menores de idade indignava mais ainda a moradora que gravou 22 fitas com o movimento do tráfico. A Ladeira dos Tabajaras continua sendo local estratégico para o tráfico em Copacabana, controlada pelo Comando Vermelho, uma facção que pretende ter lucro com o crime e o narcotráfico.
Luta Contra o Tráfico
O principal motivo para dona Joana filmar o tráfico foi a necessidade de provar a existência do crime organizado na área, após um coronel dizer que a polícia fazia operações e que a moradora tinha que provar aquilo o que estava falando. Ela tinha feito muitas denúncias antes do processo e movia uma ação judicial por danos morais e materiais. O processo foi mais um capítulo da busca de todos os poderes do Estado para fazer valer o direito de uma cidadã, de viver numa área em que o crime organizado não ditasse as regras, e que aquilo não a afetasse financeiramente, desvalorizando o imóvel. Do lado esquerdo, a sigla ‘CV’ identifica área dominada pelo Comando Vermelho, um exemplo do tráfico e do contrabando que ainda ocorrem na área.
Fonte: @ Terra
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