Gisèle Pélicot sofreu violência doméstica e estupro por 50 anos, dopada pelo marido Dominique, que a expôs a convidados, violando seus direitos e privacidade.
Gisèle Pélicot, que foi dopada pelo marido quase 100 vezes, por uma década, para que fosse submetida a estupro por desconhecidos na França, afirmou que tem sido humilhada pelos advogados representantes dos 51 réus. Em mais um dia de julgamento em Avignon, ela deu um depoimento chocante sobre o caso. As informações são do The Guardian. ‘Me tacharam de alcoólatra.
Essa situação é um exemplo claro de abuso e violação dos direitos humanos, e é inaceitável que Gisèle Pélicot tenha sido submetida a tal agressão por tanto tempo. Além disso, é inadmissível que os advogados dos réus estejam tentando desacreditá-la, em vez de reconhecer a gravidade do estupro e do sofrimento que ela enfrentou. É fundamental que a justiça seja feita e que os responsáveis sejam punidos. A verdade deve ser revelada e a vítima deve ser respeitada e protegida.
Uma História de Estupro e Abuso
Gisèle, uma mulher francesa, foi estuprada pelo menos 92 vezes entre 2011 e 2020. Ela foi drogada pelo seu ex-marido, Dominique Pélicot, e estuprada por estranhos em sua própria casa. A vítima descreveu a experiência como ‘humilhante e degradante’, especialmente quando as pessoas disseram que ela estava embriagada e foi cúmplice. No entanto, os vídeos e os peritos atestam que ela estava em estado de coma durante os abusos.
Gisèle falou após o primeiro depoimento de Dominique, que admitiu os crimes e pediu perdão, embora a vítima afirme que o perdão não existe em crimes dessa magnitude. Ela questionou a falta de questionamento dos réus ao verem uma mulher dormindo e os descreveu como ‘homens degenerados’. Além de Dominique, outros 51 homens são réus no caso, acusados de estupro de vulnerável.
A Violação de Privacidade e a Busca por Justiça
A denúncia de violação de privacidade é um agravante no caso, pois Dominique filmava os abusos que cometia. A vítima negou que haja qualquer sinal de que as relações sexuais foram consentidas e afirmou que os réus estão tentando prendê-la com fotos que supostamente levantariam dúvidas sobre sua consciência durante os abusos. A vítima optou por um julgamento aberto para estimular denúncias e o caso gerou debates sobre violência doméstica e feminicídio.
Milhares de pessoas têm ido às ruas na França em protesto e apoio à Gisèle. Ativistas e associações que atuam pelos direitos das mulheres pedem que os homens assumam sua responsabilidade na luta contra a violência de gênero e parem de ficar em silêncio. Dominique pode enfrentar uma pena de até 20 anos de prisão e os outros réus podem ser sentenciados a até 20 anos de prisão por estupro de vulnerável.
A Luta Contra a Violência de Gênero
O caso de Gisèle é um exemplo trágico da violência de gênero e da importância da luta contra a agressão e o abuso. A vítima e os ativistas estão trabalhando para conscientizar a sociedade sobre a gravidade do problema e a necessidade de mudanças. A justiça é fundamental para garantir que os responsáveis sejam punidos e que as vítimas recebam o apoio e a proteção que merecem. A luta contra a violência de gênero é um desafio contínuo, mas é essencial para criar um mundo mais seguro e justo para todas as pessoas.
Fonte: @ Hugo Gloss
Comentários sobre este artigo